Garça e grande parte do Estado está sendo afetada pela baixa umidade do ar que se mentem em níveis rebaixados, com mínimas oscilando entre 23% e 40%. Em alguns dias esse patamar caiu para menos de 20%, situação considerada de alerta máximo diante dos evidentes prejuízos para a saúde. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. Para piorar, o mês teve temperaturas máximas elevadas, batendo os 27 a 30 graus em praticamente todos os dias.
A situação alerta para alguns cuidados extras com o corpo, seja nas vias áreas ou com a pele, por exemplo, para que não haja complicações em função do clima seco. De acordo com o médico Marcelo Miranda, que atua na rede pública de saúde e no Centro Médico Mais Saúde Garça, as consequências do chamado tempo seco para a saúde do garcense vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, por exemplo, até o agravamento de doenças respiratórias e até infarto.
“O ar seco que atinge Garça merece uma atenção especial de todos os setores da saúde e de toda a população, pois essa baixa umidade do ar pode aumentar em 50% o risco cardíaco devido à sobrecarga que é manter a dilatação dos vasos levando o nosso coração a fazer um maior esforço além de habitual. Os poluentes contidos no ar seco, também promovem uma irritação pulmonar fazendo o pulmão se inflamar e dificultar ainda mais o trabalho do coração”, explica o profissional.
Dr. Marcelo salienta que o tempo seco acompanhado da baixa umidade leva a um quadro de desidratação. Isso preocupa porque o brasileiro, principalmente os idosos, tem o mal costume de se hidratar pouco. “Com isso muitos outros problemas de saúde começam a aparecer, como dor de cabeça, pressão alta, irritabilidade, trombose, sobrecarga cardíaca e até confusão mental”, esclarece.
O clima de deserto provocado pela baixa umidade do ar leva ao aumento considerável no número de atendimentos médicos com queixas respiratórias e alérgicas devido a um ressecamento e inflamação da mucosa. Por isso a importância de uma hidratação vigorosa, uma alimentação saudável e a prática de atividade física. Porém, deve-se suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h.
Crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar, por isso, é necessária atenção especial a esses dois grupos de pessoas. O cuidado essencial, neste caso, é incentivar a ingestão de bastante água (cerca de dois litros ao dia), além de sucos naturais feitos de maneira adequada e água de coco. Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos.
“Outra dica importante é manter a casa arejada, evitar objetos que acumulem poeira e passar panos úmidos ao invés de varrer. Os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatórios com água e até umidificadores. Já as pessoas que possuem doenças respiratórias podem e devem utilizar soro para limpeza nasal com frequência”, aconselha Dr. Marcelo, especialista em Saúde a Família.
DICAS
Prefira alimentos frescos e produzidos o mais próximo possível do horário de consumo. Substitua frituras por alimentos assados, assim como o sorvete de massa por picolé, especialmente de frutas. Queijos amarelos podem ser trocados por queijos brancos. Dormir em local arejado e umedecido pode contribuir para uma noite de sono tranquila. A pele também merece atenção especial neste período.
Evite banhos com água muito quente, que provocam o ressecamento da pele, e use sempre que possível um creme hidratante. Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, use soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas. “São cuidados simples, mas que podem fazer toda a diferença neste período de tempo seco, ajudando a manter a saúde e a qualidade de vida”, diz Dr. Marcelo, que se coloca à disposição da população sanar possíveis dúvidas, tanto no sistema de saúde, quanto em sua clínica (Centro Médico Mais Saúde) na rua Vital Soares 66.
Fonte:
Garça em Foco
R Vital Soares, 66 Williams Garça SP CEP 17402 034 
